Muitas pessoas não compreendem ou até mesmo desconhecem os stims, comportamento tão comum no autismo. Porém, a pessoa autista, muitas vezes, sente a necessidade de usá-lo para conseguir lidar com certas situações.
Esses comportamentos podem ser uma forma de autorregulação, alívio do estresse ou expressão de interesse ou desconforto.
Para algumas pessoas autistas, podem ainda servir como uma forma de comunicação não verbal. Eles podem transmitir emoções, necessidades ou interesses, funcionando como uma linguagem corporal única e pessoal.
Afinal, o que são os stims?
Os stims ou stimming, termo derivado de “estimulação”, são comportamentos repetitivos autoestimulatórios. Embora, sejam comuns em pessoas com autismo, também podem ocorrer em pessoas com outros transtornos e em pessoas neurotípicas (fora do espectro autista).
Também chamados de estereotipias, os stims podem assumir uma variedade de formas e manifestações, sendo altamente individuais e únicos para cada pessoa autista. Eles se manifestam com ações ritualísticas, que podem ser linguísticas, motores e até de postura.
São exemplos de stims:
mexer rapidamente os braços;
estalar os dedos;
repetir sons ou palavras;
balançar o corpo para frente e parar trás;
girar objetos repetidamente
folhear as páginas de um livro
enrolar uma mecha de cabelo entre os dedos
passar a mão nas coisas pra sentir as texturas
Cada pessoa tem necessidades sensoriais específicas, então, isso varia de pessoa pra pessoa e de situação pra situação.
Os stims devem ser interrompidos?
De acordo com a National Autistic Society, do Reino Unido, por ser uma forma forma de reduzir o estresse, os stims não devem ser interrompidos ou reduzidos. Pois pode ter um impacto negativo no bem-estar emocional da pessoa autista, aumentando o estresse e a ansiedade.
Em vez disso, é importante oferecer um ambiente de apoio e compreensão, onde os indivíduos autistas se sintam livres para expressar seus stims de maneira segura e sem julgamentos.
No entanto, essas manifestações às vezes podem ser autolesivas, por exemplo, bater a cabeça ou se coçar. Nesses casos, pode ser necessário interromper ou redirecionar o comportamento.
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